"A literatura tem essa magia de nos tornar contemporâneos de quem quisermos." (Inês Pedrosa)

quarta-feira, 16 de março de 2011

Afortunados

Nós vamos morrer, e isso nos torna afortunados. A maioria das pessoas nunca vai morrer, porque nunca vai nascer. As pessoas potenciais que poderiam estar no meu lugar, mas que jamais verão a luz do dia, são mais numerosas que os grãos de areia da Arábia. Certamente esses fantasmas não nascidos incluem poetas maiores que Keats, cientistas maiores que Newton. Sabemos disso porque o conjunto das pessoas possíveis permitidas pelo nosso DNA excede em muito o conjunto de pessoas reais. Apesar dessas probabilidades assombrosas, somos eu e você, com toda a nossa banalidade, que aqui estamos…

(Richard Dawkins,  Deus, um delírio)

2 comentários:

Bento Sales disse...

Não deveríamos esquece que somos apenas poeira cósmica, como diz o poeta, duramos somente um segundo, diante da vida do Universo, pois isso, temos eternizar a vida enquanto dure, como diz Vinícios de Morais.

PS: Também acho que Freud está sendo superado.

Até mais!

Alan Tykhé disse...

Eterno este poeta... e convenhamos, estes nada tem de banais... por isso são gratificados pelos deuses, como chamam os gregos, de a Apoteose!

Abraço

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