"Daí que as palavras sejam instrumento de morte - ou de
salvação. Daí que a palavra só valha o que valer o silêncio do ato. Há também o
silêncio. O silêncio, por definição, é o que não se ouve. O silêncio escuta,
examina, observa, pesa e analisa. O silêncio é fecundo. O silêncio é a terra
negra e fértil, o húmus do ser, a melodia calada sob a luz solar. Caem sobre
ele as palavras. Todas as palavras. As palavras boas e as más."
(José Saramago “As Palavras”, 1968)
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