"Acho que só devemos ler a espécie de livros que nos ferem e trespassam. Se o livro que estamos lendo não nos acorda com uma pancada na cabeça, por que o estamos lendo? Porque nos faz felizes, como você escreve? Bom Deus, seríamos felizes precisamente se não tivéssemos livros e a espécie de livros que nos torna felizes é a espécie de livros que escreveríamos se a isso fôssemos obrigados. Mas nós precisamos de livros que nos afetam como um desastre, que nos magoam profundamente, como a morte de alguém a quem amávamos mais do que a nós mesmos, como ser banido para uma floresta longe de todos. Um livro tem que ser como um machado para quebrar o mar de gelo que há dentro de nós. É nisso que eu creio."
(Franz Kafka)
3 comentários:
Meu Caro Filósofo,
Já dizia o biógrafo de um ilustre Enciclopedista: não concordo com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo"
Kafka tem e não tem razão. Penso que há livros para cada estação da nossa vida.
Um abraço,
Oi, amigo Alan!
Para uma leitura valer a apena, tem que realmente quebrar nossos paradigmas e acrescentar algo de novo e importante para nossas vidas.
Parabéns pela ótima escolha do texto!
Abraços!
Sabe, caro Richard, pensei em algo parecido no momento em que lia e postava este trecho, excelente crítica.
Caro bento, é um exercício difícil este, mas que devemos praticar sempre, não é?
Abraço
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