"A literatura tem essa magia de nos tornar contemporâneos de quem quisermos." (Inês Pedrosa)

quarta-feira, 12 de março de 2014

Eu e o Nada

Divorciei-me do mundo lentamente. Vi grandes construções ruírem, desabarem, sem restar pedra sobre pedra. Vi morrer lentamente os seus arquitetos. Ilusões destruídas pelas duras marteladas da verdade. Deparei-me com o nada - de homem para abismo e de abismo para homem. Só então pude compreender. O mundo que deixou de ser familiar, nunca existiu senão como ilusão. Eu era o fantasma de mim mesmo. Agora, diante do abismo da indeterminação, reconheço minha única condição - condenado a ser livre. Abrem-se diante de mim todos os caminhos. Não mais um fantasma. Agora um autêntico homem!

Alan Teixeira

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