
“A única forma de suportar a existência é mergulhar na literatura como numa orgia perpétua” (Gustave Flaubert)
segunda-feira, 27 de abril de 2009
O Ilusionista

quarta-feira, 22 de abril de 2009
Vou-me Embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada...
(Manuel Bandeira)
quarta-feira, 15 de abril de 2009
O Mito da Caverna - Platão

A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo."
Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chaui.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Quem Matou o Carro Elétrico?

O que poderia ser uma alternativa para reduzir o nível de CO2 na atmosfera terrestre e reduzir os impactos ambientais como Efeito Estufa junto com uma lei que obrigava todas as montadoras norte americanas do estado da Califórnia produzirem caros elétricos num escala em crescimento se transformou num inimigo da Industria Petrolífera, das Montadoras e o governo Bush tomou as dores e se aliou a eles.
Mesmo o carro fazendo grande sucesso isso não foi suficiente para ele chegar até os consumidores. As empresas petrolíferas e as montadoras não gostaram da lei, e estava dispostas a tudo fazer para acabar com essa lei e retirar o carro de circulação, como se já não bastasse conseguiu como aliado ninguém menos do que o próprio presidente Bush. E como é de se esperar venceram e destruíram todos os carros que haviam sido construídos até o momento!
Não há mais nada nesse mundo que me surpreenda. Com tantos psicopatas a solta fazendo o que bem entende deste mundo com fins lucrativos ou de poder, pra mim não há nada que eles não sejam capazes de fazer!
Recomendo este e outros documentários que nos levam a informações inteligentes que não são transmitidas através da mídia burguesa e também aliada do capitalismo selvagem!