"A literatura tem essa magia de nos tornar contemporâneos de quem quisermos." (Inês Pedrosa)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Ilusionista


Ilusionismo é a arte de entreter uma audiência criando ilusões que confundem e surpreendem, geralmente por darem a impressão de que algo impossível aconteceu, como se o mágico tivesse poderes sobrenaturais. No entanto, esta ilusão da magia é criada totalmente por meios naturais. Conseguem iludir através do controle da atenção dos espectadores, com belas assistentes, luzes, fumaça e etc.

No dia-a-dia nos deparamos com ilusionistas em todos os lugares e quase todo o tempo. O mais comum deles é a publicidade com belos comerciais de TV e Outdoors em lugares estratégicos. Todos eles usando o mesmo truque, focando nossa atenção na bela embalagem, nas mil utilidades e milagres do produto, com belas mulheres estampadas semi-nuas, ou com decotes etc. Com muita rapidez na fala evitando assim deixar o espectador pensar e o levar ao equivoco de ser iludido.

Há os tele-jornais e jornais impressos usando o mesmo truque, chamando nossa atenção com as noticias mais atraentes e as deixando as para o final para garantir publico até o final do espetáculo. Sensacionalizando noticias que lhes interessarem e pouco focando outras que não lhes convém. Com muita rapidez e comentários bastante tendenciosos mais uma vez iludindo o publico, sem os deixar pensar!

E por fim a pior espécie de Ilusionista – os Políticos. Esses possuem uma equipe de profissionais para lhes auxiliarem, o que chamo de “Esquadrão Tático” são bem treinados e seu trabalho é impecável. Com seus belos discursos, usando o “Mito do Bem Comum”, usando as belas possibilidades que eles – o produto – podem fazer, ou com os possíveis resultados já alcançados trabalham bem nossa atenção sensacionalizando e encobrindo qualquer vestígio de seus truques. E com seu ilusionismo conseguem o que querem!
Na antiguidade Platão com “O Mito da Caverna” demonstra perfeitamente como o mundo dos sentidos nos enganam e só nos levam ao conhecimento imperfeito ou aproximado. Daí se desenvolveu o método da “Arte da Dúvida”, consiste no questionamento e aplicação da dúvida em qualquer verdade, usando observações (sentidos) e a razão para se chegar ao conhecimento seguro. 

Aplicando esse método no dia-a-dia, dificilmente algum Ilusionista irá nos iludir com seus truques baratos; sempre duvidando e buscando o conhecimento seguro, estudando as origens de nossas convicções e a origem das verdades impostas sem medo. Shakespeare já dizia – “A verdade nunca perde em ser confirmada”!


Quem foi >> Alan

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Vou-me Embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada


Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive


E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada


Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar


E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei


Vou-me embora pra Pasárgada...

(Manuel Bandeira)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Mito da Caverna - Platão

"Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.

A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.

Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.

Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.

Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo."

Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chaui.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Quem Matou o Carro Elétrico?

Em 1996 ele surgiu nas estradas da Califórnia. Era o carro mais rápido e mais eficiente já construído. Funcionava a eletricidade, não emitia poluentes e colocou a tecnologia americana no topo da indústria automotiva. Mas muita gente grande ficou realmente incomodada e esses carros foram destruídos. Especialistas, consumidores, ambientalistas, políticos, diretores envolvidos e até estrelas de cinema deram suas versões. O documentário investiga o nascimento e a morte dos carros movidos a energia elétrica, bem como o futuro da energia renovável e sustentável.

O que poderia ser uma alternativa para reduzir o nível de CO2 na atmosfera terrestre e reduzir os impactos ambientais como Efeito Estufa junto com uma lei que obrigava todas as montadoras norte americanas do estado da Califórnia produzirem caros elétricos num escala em crescimento se transformou num inimigo da Industria Petrolífera, das Montadoras e o governo Bush tomou as dores e se aliou a eles.


Mesmo o carro fazendo grande sucesso isso não foi suficiente para ele chegar até os consumidores. As empresas petrolíferas e as montadoras não gostaram da lei, e estava dispostas a tudo fazer para acabar com essa lei e retirar o carro de circulação, como se já não bastasse conseguiu como aliado ninguém menos do que o próprio presidente Bush. E como é de se esperar venceram e destruíram todos os carros que haviam sido construídos até o momento!


Não há mais nada nesse mundo que me surpreenda. Com tantos psicopatas a solta fazendo o que bem entende deste mundo com fins lucrativos ou de poder, pra mim não há nada que eles não sejam capazes de fazer!


Recomendo este e outros documentários que nos levam a informações inteligentes que não são transmitidas através da mídia burguesa e também aliada do capitalismo selvagem!

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