É preciso que eu seja luta e sucesso e fim e contradição dos fins. Ai! Aquele que advinha minha vontade advinha também os caminhos tortuosos que precisa seguir. Seja qual for a coisa que eu crie e o amor que lhe tenha em breve devo ser seu adversário e o adversário do meu amor: assim o quer a minha vontade.
E tu também, investigador, não és mais do que a senda e a pista da minha vontade: a minha vontade de potencia segue também as pegadas da tua vontade de verdade.
Certamente não encontrou verdade aquele que falava da vontade de existir; não há tal vontade. Porque o que não existe não pode querer; mas como poderia o que existe ainda desejar a existência! Só onde há vida há vontade; não vontade de vida, mas como eu ensino, vontade de potência. Há muitas coisas que o vivente aprecia mais do que a vida; mas nas próprias apreciações fala a vontade de potência.
(Friedrich Nietzsche in 'Assim Falou Zaratustra')
(Friedrich Nietzsche)
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