"Ficamos, pois, cada um entregue a si próprio, na desolação de sentir viver. Um barco parece ser um objecto cujo fim é navegar; mas o seu fim não é navegar, senão chegar a um porto. Nós encontramo-nos navegando, sem a ideia do porto a que nos deveríamos acolher. Reproduzimos assim, na espécie dolorosa, a fórmula aventureira dos argonautas: navegar é preciso, viver não é preciso."
(Fernando Pessoa "Livro do Desassossego")
Um comentário:
Oi, amigo Alan!
Pensando assim, realmente viver não é preciso (exato, perfeito) como navegar, pois não se destina a um porto seguro.
Ótima escolha do texto!
Abraços!
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