Eu hoje estou inabitável...
Não sei por quê,
levantei com o pé esquerdo:
o meu primeiro cigarro amargou
como uma colherada de fel;
a tristeza de vários corações bem tristes
veio, sem quê, nem por quê,
encher meu coração vazio...vazio...
Eu hoje estou inabitável...
A vida está doendo...doendo...
A vida está toda atrapalhada...
Estou sozinho numa estrada
fazendo a pé um raid impossível.
Ah! se eu pudesse me embebedar
e cambalear...cambalear...
cair, e acordar desta tristeza
que ninguém, ninguém sabe...
Todo mundo vai rir destes meus versos,
mas jurarei por Deus, se for preciso:
eu hoje estou inabitável...
(Abgar Renaul)
2 comentários:
Olá, meu amigo filósofo!
Não conheço Abgar Renaul (seria isso heresia? rs). Mas, acho que ele (a) me conhece, pois os versos, sem presunção, foram feitos para mim...
Com amizade,
Eu filósofo? Não, apenas amo o saber.
Rsrs, também não o conhecia, encontrei por aí esse poema há algum tempo e o guardei para dias como este, que estando inabitável, é um júbilo apreciá-lo.
Abraço
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