O homem que se atinge diretamente pelo cogito descobre também todos os outros, e descobre-os como a condição da sua existêcncia. Dá-se conta de que não pode ser nada (no sentido em que se diz que é espirituoso, ou que se é perverso, ou ciumento), salvo se os outros o reconhecem como tal. Para obter uma verdade qualquer sobre mim, necessário é que eu passe pelo outro. O outro é indispensável à minha existência, tal como, aliás, ao conhecimento que eu tenho de mim. Nestas condições, a descoberta minha intimidade desocbre-me ao mesmo tempo o outro como uma liberdade posta em face de mim, que nada pensa, e nada quer senão a favor ou contra mim. Assim, descobrimos imediatamente um mundo a que chamaremos a intersubjetividade, e é neste mundo que o homem decide sobre o que ele é e o que são os outros.
(Jean Paul Sartre)
2 comentários:
Alan, obrigada pela visita!
Adorei seus blogs.
Adquiristes mais uma leitora assídua.
Beijos.
É prazer a sua visita minha cara, já estás na lista dos favoritos!
Abraço!
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