"O viajante está feliz.
Nunca na vida teve tão pouca pressa.
Senta-se na beira de um destes túmulos,
afaga com as pontas dos dedos a superfície da água,
tão fria e tão viva, e, por um momento,
acredita que vai decifrar todos os segredos do mundo.
É uma ilusão que o assalta de longe em longe,
não lho levem a mal."
Nunca na vida teve tão pouca pressa.
Senta-se na beira de um destes túmulos,
afaga com as pontas dos dedos a superfície da água,
tão fria e tão viva, e, por um momento,
acredita que vai decifrar todos os segredos do mundo.
É uma ilusão que o assalta de longe em longe,
não lho levem a mal."
(José Saramago)
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