"A literatura tem essa magia de nos tornar contemporâneos de quem quisermos." (Inês Pedrosa)

sábado, 13 de novembro de 2010

Independência do Homem

Edvard Munch
Mal podemos acreditar no filósofo a quem tudo deixa indiferente; não acreditamos na tranquilidade do estóico, não desejamos sequer a impavidez, porque a própria condição humana nos lança na paixão e no medo, e são as lágrimas e o júbilo que nos permitem conhecer o que é. Eis por que somente o impulso ascendente nos liberta das perturbações anímicas e não é pela supressão que nos encontramos. Temos, pois, que nos arriscar a ser homens e, enquanto homens, fazermos o que pudermos para alcançar a independência conquistada. Sofreremos então sem queixume, desesperar-nos-emos sem nos afundarmos, abalados mas nunca completamente derrubados quando suspensos à íntima independência que em nós se gera.  A filosofia, porém, é a escola dessa independência, não a sua posse. 


(Karl Jaspers, in 'Iniciação Filosófica')

2 comentários:

Eclipse Mental disse...

Bom ver Munch por aqui... "Melancolia", esta tela de linhas simplificadas é capaz de conter toda a força do sentimento humano.

Um beijo...


Tá lindão o seu recanto poético-filosófico...

Alan Tykhé disse...

É sempre um prazer ter sua visita aqui, não sabe como fico feliz. rs

Ah, o Munch, não conheço artista que melhor expresse a força do sentimento humano...

Um Abraço com a maiúsculo. rs

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