Não restará na noite uma estrela.
Não restará a noite.
Morrerei, e comigo a soma
do intolerável universo.
os continentes e os rostos.
Apagarei a acumulação do passado.
Transformarei em pó a história, em pó o pó.
Estou mirando o último poente.
Ouço o último pássaro.
Deixo o nada a ninguém.
(Jorge Luís Borges)
2 comentários:
Alan, muito bom poema. Eu não o conhecia. Realmente não nos sobrará nada: somos poeira cósmica.
Até mais!
Comcerteza...
é sempre bom ter sua visita meu caro!
Abraço
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