"A literatura tem essa magia de nos tornar contemporâneos de quem quisermos." (Inês Pedrosa)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Esperança














Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...


[Mário Quintana]

2 comentários:

Bento Sales disse...

Oi, amigo Alan!
Esse poema é bem oportuno com o momento.
Nunca podemos perder a esperança.
Dizem que "a esperança é a última de morre".

Amigo, desejo a você e sua família um ano-novo íntegro de saúde, superação e realizações.

Abraços fraternos do amigo!

Alan Tykhé disse...

Obrigado, meu caro amigo, já que o calendário nos diz que começa um novo ciclo, que o próximo ano seja melhor, mas que não esperemos tanto, que também tentemos ser um pouco de cada vez, cada vez melhor.

Abraço

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