Por isso, um homem jovem não é bom ouvinte de aulas de ciência política. Com efeito, ele não tem experiência dos fatos da vida, e é em torno destes que giram as discussões referentes a ciência política; além disso como os jovens tendem a seguir suas paixões, esse estudo ser-lhes-à vão e improfícuo, já que o fim ao qual se visa não é o conhecimento, mas a ação.
E não faz diferença alguma que seja jovem na idade ou no caráter; o defeito não é questão de idade, e sim do modo de viver e de perseguir os objetivos ao sabor da paixão. Para tais pessoas, assim como para os incontinentes, a ciência não é proveitosa; mas para os que desejam e agem de acordo com a razão, o conhecimento desses assuntos será muito vantajoso.
- Aristóteles,
Ética a Nicômaco
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