Morrer.
Morrer de corpo e alma.
Completamente.
Morrer sem deixar o triste despojo da carne, a exangue máscara de cera,
Cercada de flores, que apodrecerão – felizes! – num dia,
Banhada de lágrimas
Nascida menos da saudade do que do espanto da morte.
Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?
Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança de uma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento,
Em nenhuma epiderme.
Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: “Quem foi?...”
Morrer mais completamente ainda
- Sem deixar sequer esse nome.
(Manuel Bandeira)
Morrer de corpo e alma.
Completamente.
Morrer sem deixar o triste despojo da carne, a exangue máscara de cera,
Cercada de flores, que apodrecerão – felizes! – num dia,
Banhada de lágrimas
Nascida menos da saudade do que do espanto da morte.
Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?
Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança de uma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento,
Em nenhuma epiderme.
Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: “Quem foi?...”
Morrer mais completamente ainda
- Sem deixar sequer esse nome.
(Manuel Bandeira)
3 comentários:
Alan, o céu mais fácil de alcançar é o céu da boca do crocodilo ou do leão.
Ah, já votei no seu blog.
Até mais e boa sorte!
"Alan, o céu mais fácil de alcançar é o céu da boca do crocodilo ou do leão."
Rsrs, com certeza, meu caro.
Obrigado pelo voto!
Abraço
Olá Alan, vi que você veio nos visitar e já nos segue. Ficamos gratos por sua participação com o nosso projeto no blog!
Obrigada!
(Sou fã de Manuel Bandeira!)
Abraços,
Equipe IINTI
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