O individuo quer para si o prazer ou quer afastar o desprazer: a questão é sempre, em qualquer sentido, a autoconservação. Sócrates e Platão estão certos: o que quer que o homem faça, ele sempre faz o bem, isto é: o que lhe parece bom (útil) segundo o grau de seu intelecto, segundo a eventual medida de sua racionalidade. A maldade não tem por objetivo o sofrimento do outro em si, mas nosso próprio prazer. Assim também, a compaixão não tem por objetivo o prazer do outro. Sem prazer não há vida; a luta pelo prazer é a luta pela vida. Se o individuo trava essa luta de maneira que o chamem de "bom" ou de maneira que o chamem de "mau", é algo determinado pela medida e a natureza de seu intelecto.
(Friedrich Nietzsche)
(Friedrich Nietzsche)
2 comentários:
É verdade!
Em seus opostos a complementação e justificação útil e necessária é a condição sine-qua-non pra sua manifestação.
Simplesmente bárbaro! Adoooro o seu blog. Beijoa.
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