Eu divido minhas alegrias, meus livros e discos, minha cama, meu conhecimento e até meu uísque... mas não admito que me chamem de egoísta só porque não divido minhas tristezas, porque elas são somente minhas e por serem minhas não admito que alguém as compreenda. Sou humano e deixar se compreender é ser menos que humano, porque humano não se compreende. Prefiro ser ignorado humanamente, como se ignora formigas que trafegam sem querer para longe do formigueiro, como se ignora a mecânica dos automóveis e a aerodinâmica dos aviões, a falsidade dos filmes de guerra, a dor que o poeta deveres sente, a pedra no meio do caminho, a palmeira onde o sabiá cantava e a inexistência desconsolável de qualquer Pasárgada, sem a vida, no entanto, deixar de ser menos vida.
- Alan Teixeira
3 comentários:
Alan, seu texto está esplêndido!
Concordo contigo: nem tudo podemos repartir com os outros, se assim o for, seremos egoístas.
Até mais!
Thieres, já estou seguindo...
Bento, então que continuemos egoístas.
Abraço
Carajo!!
Eu nunca tinha visto textos seus aqui... pensei que nem tinha.
Aí zanzei pela página e encontrei um alan no indice... era vc...hehehe
Vc escreve com uma maturidade invejável... o texto é incisivo e bonito.
Postar um comentário