Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste :
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
– não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste :
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
– não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.
4 comentários:
Eu adoooro esse poema da Cecília. Beijos
É meu favorito esse.
Beijos
Porém, eu atravesso noites e dias no vento, e sinto tormento (s)!
Gosto deste poema da mulher que tinha o olhar distante.
Lia muito Cecilia quando cabulava aulas de Catecismo e me "escondia" na biblioteca do colégio. Um pecado-santo, sei que estou redimido! rs
Abraços,
Richard
Também já fiz muito isso, foi o tempo mais bem aproveitado, além das aulas de português que eu matava para ler Sherlock Holmes no tempo do colégio. rs
O pecado mora ao lado do paraiso...
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